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Uma casa sem livros é como um corpo sem alma., Cícero

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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Waly Salomão

HOJE


O que menos quero pro meu dia
polidez,boas maneiras.
Por certo,
um Professor de Etiquetas
não presenciou o ato em que fui concebido.
Quando nasci, nasci nu,
ignaro da colocação correta dos dois pontos,
do ponto e vírgula,
e, principalmente, das reticências.
(Como toda gente, aliás...)



Hoje só quero ritmo.
Ritmo no falado e no escrito.
Ritmo, veio-central da mina.
Ritmo, espinha-dorsal do corpo e da mente.
Ritmo na espiral da fala e do poema.



Não está prevista a emissão
de nenhuma “Ordem do dia”.
Está prescrito o protocolo da diplomacia.
AGITPROP – Agitação e propaganda:
Ritmo é o que mais quero pro meu dia-a-dia.
Ápice do ápice.



Alguém acha que ritmo jorra fácil,
pronto rebento do espontaneísmo?
Meu ritmo só é ritmo
quando temperado com ironia.
Respingos de modernidade tardia?
E os pingos d’água
dão saltos bruscos do cano da torneira
e
passam de um ritmo regular
para uma turbulência
aleatória.



Hoje...
Waly Salomão
Waly Salomão: "Câmara de ecos" Câmara de ecos 

 Cresci sob um teto sossegado, meu sonho era um pequenino 
sonho meu. Na ciência dos cuidados fui treinado. 
 Agora, entre meu ser e o ser alheio a linha de fronteira 
se rompeu. 

  •  SALOMÃO, Waly. Algaravias: cãmara de ecos. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
                
  • Waly Dias Salomão Jequié, 3 de setembro de 1943 — Rio de Janeiro, 5 de maio de 2003 foi um poeta brasileiro. Era filho de sírio com uma sertaneja, formou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia em 1967, mas nunca exerceu a profissão. Cursou a Escola de Teatro da mesma universidade (1963-1964) e estudou inglês na Columbia University, Nova York (1974-1975). Na década de 1960, participou do movimento tropicalist Foi também uma figura importante da contracultura no Brasil, nos anos 1970.

 Atuou em diversas áreas da cultura brasileira. Seu primeiro livro foi Me segura qu'eu vou dar um troço, de 1972. Em 1997, ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura com o livro de poesia Algaravias. Seu último livro foi Pescados Vivos, publicado em 2004, após sua morte. Foi letrista de canções de sucesso, como Vapor Barato, em parceria com Jards Macalé. Amigo do poeta Torquato Neto, editou seu único livro, Os Últimos Dias de Paupéria, lançado postumamente. Suas canções foram interpretadas por Maria Bethânia, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Gal Costa e 

O Rappa, entre outros. Nos anos 1990, Waly Salomão produziu a Cássia Eller: Veneno AntiMonotonia (1997) e Veneno Vivo (1998). Trabalhou no Ministério da Cultura, como Secretário Nacional do Livro, na gestão de Gilberto Gil, no início de seu mandato. Uma de suas propostas era a inclusão de um livro na cesta básica dos brasileiros. 

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