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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Adimirável obra de Aldous Huxley


Sempre indico esse livro maravilhoso intitulado Admirável Mundo Novo (Brave New World na versão original em língua inglesa) é um romance distópico escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. 
Bisbilhotando na web encontrei esse pequeno artigo sobre o livro na nossa MPB:

"Revivendo o blog do nada, venho fazer um post interessante para quem gosta de interpretações um tanto quanto filosóficas.Abaixo mostro uma análise diferente, não digo minha porque muitas pessoas devem ter isso em mente também, da música Admirável Gado Novo de um dos meus artistas favoritos dentro do cenário musical brasileiro, Zé Ramalho.




"inopse: Ano 634 d.F. (depois de Ford), o Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos têm comportamentos pré-estabelecidos e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga SOMA é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. 
Admirável Mundo Novo é a obra mais conhecida de Aldous Huxley. Escrito em 1932, a narrativa conta como é a vida em sociedade que conta os anos a partir do nascimento de Henry Ford. Sim, Ford.

As pessoas não "nascem": os seres humanos são criados e condicionados desde cedo a seu papel na sociedade e no mundo através das sessões de hipnopedia: durante o sono e por longos períodos, determinadas frases são repetidas à exaustão. Assim, cada indivíduo toma consciência do que foi criado para ser, já que a sociedade é dividida em castas, e cada um trabalha e vive de acordo com sua posição.



Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras “pai” e “mãe” produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford. A solidão e a individualidade são reprimidas fortemente: todos pertencem a todos (inclusive com relação à sexualidade, já que a promiscuidade é incentivada e vista como comportamento normal), ninguém fica sozinho e ninguém deve se apegar sentimentalmente a outro, estabelecendo laços profundos de amizade ou que lembrem vagamente o conceito de família (o que constitui ofensa, inclusive).

Além disso, se algo incomoda ou faz com que qualquer um sinta uma necessidade diferente com relação ao mundo ao seu redor, o problema é resolvido com algumas doses de SOMA; droga distribuída pelo governo e consumida em quantidades variáveis, de acordo com a necessidade, que faz com que as pessoas entrem em certo êxtase e esqueçam o que lhes incomoda.

O personagem Bernard, no entanto, começa a se questionar. Tido como o homem que recebeu, sem querer, "álcool em seu pseudossangue", ele é tido como uma pessoa estranha; já que está sempre demonstrando ter ideias diferentes das consideradas corretas e aceitas para o bem de todos, mesmo pertencendo a uma casta superior. Além disso, Bernard nutre certa paixão porLenina, uma jovem curvelínea muito bonita, com quem gostaria de ter uma relação diferente da que lhes é moralmente imposta.

Quando em viagem com Lenina para Malpaís (uma espécie de reserva de selvagens), Bernard encontra Linda e John: mãe e filho que vivem de acordo com os costumes antigos (e muito bárbaros) que ditam a monogamia, a fecundação e o nascimento naturais, o conhecimento de Deus, a possibilidade de envelhecer, ficar doente e outras coisas extremamente assustadoras para quem vive na "civilização".

Linda, que já foi uma pessoa civilizada antes, demonstra um grande interesse em voltar. John, extremamente curioso e interessado em Lenina, acaba concordando com a proposta de Bernard de levá-los de volta a civilização. Bernard imagina que, assim, conseguirá respeito perante os outros, já que levar os dois selvagens com costumes e aparências diferentes para a sociedade civilizada poderá ser um grande experimento científico.

Entretanto, o moderno clássico de Huxley não é um mero exercício de futurismo ou de ficção científica. Trata-se, o que é mais grave, de um olhar agudo acerca das potencialidades autoritárias do próprio mundo em que vivemos.


Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de 1984, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Se o livro de Orwell criticava acidamente os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo, em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários. 


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