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1 - 1984: Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O?Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".
2 - A revolução dos bichos: Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos ? expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História ? mimetizam os que estavam em curso na União Soviética...
3 - Dias na Birmânia: John Flory não esconde sua impaciência para com a vida de madeireiro na Birmânia (atual Mianmar) dos anos 1920, quando o remoto país asiático era uma colônia britânica. No clube de brancos racistas e bêbados que freqüenta, Flory é considerado um bolchevique por ser amigo dos "negros", isto é, os nativos do lugar...
4 - A Flor da Inglaterra: Londres, 1934.O poeta Gordon Comstock declara guerra ao "deus-dinheiro". Chegando aos trinta anos e maltratado pela pobreza, Gordon desiste de um "bom emprego" em uma agência de publicidade para se tornar vendedor de uma pequena livraria. Sempre à míngua de dinheiro, ele inicia um declínio rápido e aparentemente sem volta ao inferno da pobreza extrema e da solidão que ela acarreta..
5 - Caminho para Wigan Pier: Neste livro, vemos o futuro e celebrado autor de clássicos universais já em plena florescência de seu projeto literário e existencial, que o levou a abandonar os privilégios de sua classe, a execrar qualquer forma de imperialismo e a mergulhar de corpo e alma na vida dos trabalhadores pobres e dos excluídos sociais.
6 - Na Pior em Paris e Londres: No final do anos 20, decidido a tornar-se escritor, o jovem Eric Arthur Blair resolveu viver uma experiência pioneira e radical: submeter-se à pobreza extrema - e depois narrá-la. Em 1928, instalou-se em Paris com algumas economias e começou a dar aulas de inglês - mas em pouco tempo perdeu os alunos e foi roubado. Sem dinheiro, passou fome, penhorou as próprias roupas, trabalhou em restaurantes sórdidos e por fim partiu para a Inglaterra. Enquanto esperava por um emprego incerto, radicalizou ainda mais sua experiência convivendo intensamente com os mendigos de Londres, perambulando de albergue em albergue, atrás de dormida, comida e tabaco. É essa vivência miserável que Orwell relata com humor e indignação, distanciamento e participação.
7 - Um Pouco de Ar, Por favor!: A 1ª Guerra Mundial, 18 anos como vendedor de seguros de vida e o casamento com a melancólica Hilda, haviam deixado apenas um sabor de morte na vida de George Bowling... Tais circunstâncias aliadas ao medo de uma nova guerra, levaram a sua mente a recuar e a refugiar-se na paz de sua infância, vivida em uma pequena cidade do interior. Porém, a viagem de volta levou-o a desiludir-se por completo, pois mais uma vez chapinhou no lodaçal da rotina, da frustação e da abaladora confusão, tendo agora - por acréscimo - a sombra ameaçadora de 1984 agigantando-se à distancia.
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