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Uma casa sem livros é como um corpo sem alma., Cícero

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quarta-feira, 29 de junho de 2016

POEMA DECOMPOSIÇÃO

DECOMPOSIÇÃO
 
“As vezes penso que sou um  um velho toureiro sem direito a aposentadoria , e que jamais voltará a encarar o vacum negro nesse silêncio hostil , onde o trotar do animal negro me despreza , mesmo eu sendo um ardil vencedor da morte … Esse touro louco vestido para matar , calar e dilacerar minha agonia vestida de uma ultrajada sinfonia de prantos imersos em lágrimas congeladas nas ampulhetas frias , trôpegas e pueris  quebradas por um louco varrido que agora limpa a poeira 
… um toreiro sem espada que jamais matará o touro! 
...Em pleno gozo de férias em decomposição.”

 

Magno Moreira  Cianorte , 29 de junho de 2016 -    22:04h

Os Sertões – Euclides da Cunha

Ganhei esse livro , há mais de dez anos do meu grande colega de profissão  , o locutor Ademar Gimenes.
A obra Os sertões, de Euclides da Cunha, publicada em 1902 é considerada pré-modernista, haja vista o poder crítico e as profundas convicções sociopolíticas que se destacam na literatura. Em Os sertões, Euclides da Cunha usou uma linguagem grandiloquente e rica em termos científicos, apresentou nessa obra, no qual o tema principal é a Guerra de Canudos, um verdadeiro retrato do Brasil no fim do século XIX, discutiu problemas que transcendem o conflito que ocorreu no interior da Bahia.O livro é dividido em três partes , a terra , o homem e a luta. 
A Terra

é uma descrição detalhada feita pelo cientista Euclides da Cunha, mostrando todas as características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim. 

  O Homem 

é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. 

Apresenta se caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e habitantes capturados. Estas duas partes são essencialmente descritivas, pois na verdade “armam o palco” e “introduzem os personagens” para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte. 

A Luta

é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. 

Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo – Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue – escalou para um conflito onde havia paranóia nacional pois suspeitava-se que os “monarquistas” de Canudos, liderados pelo “famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro” tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores – um velho, dois adultos e uma criança. 

Jubiabá um dos meus "top 100"


Me recordo bem dos meus 19 anos e naquele tempo , lá por  1992 ou 93 lia muito Jorge Amado , meu livro preferido do Jorge  é Jubiabá:
"Antônio Balduíno é um garoto pobre, criado no morro do Capa-Negro. Ali, convive com os homens mais respeitados do lugar, como o violeiro Zé Camarão e o pai-de-santo Jubiabá. Ainda criança, Baldo deseja que sua história seja cantada num ABC, composição popular em louvor de heróis e santos. 

 Depois que a tia de criação enlouquece, Baldo é entregue à guarda do comendador Pereira. Vivendo confortavelmente na casa nova, tem como companhia a menina Lindinalva. Certo dia, porém, é obrigado a fugir. Têm início assim as aventuras que farão a fama de Antônio Balduíno. O rapaz passa um tempo como mendigo, pelas ruas. Depois, torna-se o boxeador Baldo, o Negro. Freqüenta o Lanterna dos Afogados, bar da beira do cais da Bahia. Compõe e vende sambas. 

Viaja ao Recôncavo, onde trabalha numa plantação de fumo. Integra-se a uma trupe de circo e coleciona amantes pelo caminho. Mas Baldo permanece fiel ao seu amor platônico por Lindinalva. É graças a um pedido dela que se torna estivador e assume a liderança de uma greve geral em Salvador. Como diz pai Jubiabá, a escravidão ainda não acabou, e Baldo se recusa a baixar a cabeça. Finalmente, o ABC de Antônio Balduíno conta que o negro valente e brigão lutou pela liberdade de seu povo. "

 Quarto livro publicado por Jorge Amado, Jubiabá conta a história de um dos primeiros heróis negros da literatura brasileira. O romance é central na obra do autor: as contradições entre o mundo do trabalho, o conflito racial, a ideologia, a luta e, de outro lado, a cultura popular, o universo das festas, o sincretismo religioso, a miscigenação e a sensualidade vão marcar toda a sua produção. Escrito em meados de 1934, na cidade de Conceição da Feira, na Bahia, quando Jorge Amado tinha 22 anos, Jubiabá foi concluído no Rio de Janeiro no ano seguinte. 
 Alguns personagens marcantes de livros posteriores do autor aparecem aqui. É o caso dos marinheiros Guma e mestre Manuel, de Mar morto (1936) e de A morte e a morte de Quincas Berro Dágua (1961). 

A história de Pedro Bala, de Capitães da Areia (1937), lembra em muitos aspectos a trajetória de Antônio Balduíno. E o romance Tenda dos milagres (1969) retoma e retrabalha temas de Jubiabá. 

O pai-de-santo Jubiabá, por sua vez, realmente existiu, de acordo com o que Jorge Amado registra no guia Bahia de Todos os Santos (1945). O romance projetou o escritor internacionalmente. 

Quando de sua publicação em francês, pela editora Gallimard, com o título de Bahia de Tous les Saints,foi saudado pelo escritor Albert Camus como um livro “magnífico e assombroso”. Traduzido para catorze idiomas, Jubiabá virou radionovela na década de 40 e ganhou adaptações teatrais nas décadas de 60 e 70. O cineasta Nelson Pereira dos Santos dirigiu, em 1985, uma adaptação do romance em versões para cinema e TV. 

A história foi adaptada ainda para os quadrinhos e publicada na coleção “Edição Maravilhosa”.

Edgar Allan Poe... "NEVER MORE"




Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário americano, integrante do movimento romântico americano. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. 
Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis. Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. 

Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. 

Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827). Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. 

Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes. 

 Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. 

Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente. 

A vida e o tempo

Esse texto foi publicado no facebook em 29 de junho de 2016 pelo meu amigo Carlos Henrique  Moro: 
 "A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... 

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará".

terça-feira, 28 de junho de 2016

Darcy Ribeiro e 'O Povo Brasileiro': obra ainda é chave para entender a formação étnica e cultural do Brasil


Uma obra fundamental para entender o Brasil e sua gente.  O site uol publicou um artigo muito bom sobre esse livro fantástico e obrigatório à todos nós brasileiros:
Na obra, Ribeiro quis responder à pergunta “por que o Brasil não deu certo?” e debruçou-se sobre a formação do povo brasileiro. No estudo, ele defendeu a miscigenação como fator preponderante da diversidade que caracteriza o Brasil. Essa fusão biológica e cultural teria se iniciado logo que os primeiros portugueses desembarcaram na América, e a gestação étnica do brasileiro se prolongou por todo o período colonial (1530 – 1815). 
 O que define um povo não é a demarcação territorial, mas sim um conjunto de características que faz dele um grupo identidário, diferenciando-o de outros grupos. As três matrizes étnicas que seriam as formadoras da identidade do povo brasileiro são o colonizador branco, no caso os portugueses, os índios e os negros africanos. Darcy usa a expressão “Nova Roma” para classificar o que seria o Brasil neste processo de formação do povo brasileiro através da desconstrução dessas três matrizes. 

 A mestiçagem no Brasil teria ocorrido de diferentes formas. Uma delas seria o cunhadismo. Essa antiga prática indígena, para incorporar estranhos à sua comunidade, consistia em lhes dar uma moça índia como mulher. Assim, estabeleciam-se laços que o aparentavam a todos os membros do grupo. Isso se alcançava graças ao sistema de parentesco classificatório dos índios, que relaciona, uns com os outros, todos os membros de um povo. Ribeiro valorizava muito a cultura indígena e o papel do mameluco (mestiço de índio) na nossa formação étnica. 


A miscigenação através do cunhadismo teve em São Paulo o seu primeiro centro de desenvolvimento. Nessa região, onde a captura de índios para servirem de escravos tornou-se a principal atividade econômica, surgiram os brasilíndios ou mamelucos, um povo que não era índio e nem português, mas falava tupi e nheengatu e foram fundamentais, para Ribeiro, na formação étnica do brasileiro e na ocupação e expansão territorial do país. Dos brasilíndios paulistas é que saíram os bandeirantes. No entanto, a formação do povo brasileiro foi fruto de um processo violento. Com relação aos africanos, arrancados de suas culturas e forçados a trabalhar como escravos, ele acreditava que a rica diversidade linguística e cultural dos povos africanos e a política de evitar concentrar escravos de uma mesma etnia nas mesmas propriedades dificultaram a formação de núcleos de preservação do patrimônio cultural africano. 

 Assim, o africano que chegou ao Brasil teve sua identidade negada e marginalizada, ele se tornou um ser sem identidade. Para o antropólogo, a contribuição da cultura negra para a identidade brasileira estaria principalmente no plano ideológico, na força física, nas crenças religiosas, na música e na gastronomia. 

 “Temos aqui duas instâncias. A do ser formado dentro de uma etnia, sempre irredutível por sua própria natureza, que amarga o destino do exilado, do desterrado, forçado a sobreviver no que sabia ser uma comunidade de estranhos, estrangeiro ele a ela, sozinho ele mesmo. A outra, do ser igualmente desgarrado, como cria da terra, que não cabia, porém, nas entidades étnicas aqui constituídas, repelido por elas como um estranho, vivendo à procura de sua identidade”, escreve o antropólogo. 

 Com toda essa mistura de culturas e referências, o brasilíndio, o mameluco e o afro-brasileiro perceberam-se em uma terra de ninguém – o termo usado pelo autor é “ninguendade”--, gerando a necessidade de criarem uma identidade, a brasileira. Para Ribeiro, o “surgimento de uma etnia brasileira, inclusiva, que possa envolver e acolher a gente variada que aqui se juntou, passa tanto pela anulação das identificações étnicas de índios, africanos e europeus, como pela indiferenciação entre as várias formas de mestiçagem, como os mulatos (negros com brancos), caboclos (brancos com índios) ou curibocas (negros com índios)”. 

 Na obra, Ribeiro ainda apresenta outro traço particular da constituição do Brasil: a presença de cinco grandes culturas que, embora distintas, seriam complementares. São elas: o Brasil crioulo (que se estendia do litoral de São Luís ao Rio de Janeiro e era muito influenciado pela África), o Brasil caboclo (região Norte com a Amazônia e os índios), o Brasil sertanejo (Nordeste, seu sertão, caatinga), o Brasil caipira (centro-oeste, sudeste, influência da cidade de São Paulo na formação do país) e o Brasil sulino (mamelucos vivendo em uma área muito rica e fértil, os pampas gaúchos, e com forte interferência europeia). 

 A mestiçagem, classes e a democracia racial 

 Ao contrário de Gilberto Freyre (1900-1987), que acreditava “que a miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado enorme entre a casa-grande e a senzala”, Ribeiro não enxergava a mestiçagem ou essa mistura de diferentes Brasis em um como sinônimo de “democracia racial”. Para Ribeiro, para existir a democracia racial era preciso, antes, vivermos numa democracia social. 

 Ribeiro destaca a estratificação de classes que marcou a história do Brasil, com uma grande desigualdade entre as classes ricas e as pobres, a concentração de riqueza na mão de poucos e a desumanização das relações de trabalho. Considerada uma obra importante para entender a formação do povo brasileiro, o livro recebeu críticas na academia. Para uns, Darcy havia romantizado demais a questão e, além disso, havia usado referências sobre escravidão e mestiçagem anteriores à década de 1980, deixando muitos textos e referências mais atuais para a época de lado. 

 A obra, para Ribeiro, tinha o objetivo de entender o porquê o Brasil não deu certo, tendo a oportunidade de ser um país criado de acordo com a vontade de seu povo miscigenado. Afinal, uma identidade não definida permite que um país se invente. Mas que país nós fomos capazes de inventar? Certa vez, discutindo sobre o povo da América Hispânica, o líder político venezuelano Simon Bolívar (1783-1830) foi questionado sobre quem era, afinal, esse povo, ao que respondeu: "é o que se tem, o que mora nesta terra, portanto, a base demográfica de um território (...) é com este que temos que contar, é com este que temos que trabalhar". 

 Para alguns estudiosos e historiadores que analisam o livro de Ribeiro, uma das questões importante para entender porque o Brasil não deu certo é o fato de o brasileiro não se orgulhar totalmente de ser brasileiro. Sendo assim, a assimilação da nossa identidade ocorreu de modo a continuar dividindo a sociedade em superiores e inferiores de acordo com a raça, a manter a visão exploradora do trabalho, que Ribeiro coloca como trazida pelos colonizadores e que se chocou com o modo de vida dos índios, entre outros. 

Talvez a questão não seja mais qual país podemos inventar, mas sim, como reinventá-lo. 
 DIRETO AO PONTO 

 O Brasil é um dos países mais miscigenados do mundo. Essa diversidade é resultado da contribuição de vários povos na formação da nossa identidade, como os índios, os primeiros colonizadores (os portugueses) e imigrantes (franceses, holandeses, italianos, japoneses, alemães entre outros), e os negros vindos da África. 

O antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) é autor de uma das obras importantes para se compreender a formação étnica e cultural do povo brasileiro, o ensaio histórico-antropológico O Povo Brasileiro – A formação e o sentido do Brasil, editado em 1995 e que completa 20 anos em 2015. Na obra, Ribeiro quis responder à pergunta “por que o Brasil não deu certo?” e debruçou-se sobre a formação do povo brasileiro. 

No estudo, ele defendeu a miscigenação como fator preponderante da diversidade que caracteriza o Brasil. Essa fusão biológica e cultural teria se iniciado logo que os primeiros portugueses desembarcaram na América, e a gestação étnica do brasileiro se prolongou por todo o período colonial (1530 – 1815).

 Andréia Martins/UOL

Balzac

Tenho apenas um exemplar desse autor -  "A mulher de trinta anos." 
 Honoré de Balzac (Tours, 20 de maio de 1799 — Paris, 18 de agosto de 1850) foi um prolífico escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. É considerado o fundador do Realismo na literatura moderna. Sua magnum opus, A Comédia Humana, consiste de 95 romances, novelas e contos que procuram retratar todos os níveis da sociedade francesa da época, em particular a florescente burguesia após a queda de Napoleão Bonaparte em 1815. 

 Entre seus romances mais famosos figuram A Mulher de Trinta Anos (1831-32), Eugènie Grandet (1833), O Pai Goriot (1834), O Lírio do Vale (1835), As Ilusões Perdidas (1839), A Prima Bette (1846) e O Primo Pons (1847). 

Desde Le Dernier Chouan (1829), que depois se transformaria em Les Chouans (1829, na tradução brasileira A Bretanha), Balzac denunciou ou abordou os problemas do dinheiro, da usura, da hipocrisia familiar, da constituição dos verdadeiros poderes na França liberal burguesa e, ainda que o meio operário não apareça diretamente em suas obras, discorreu sobre fenômenos sociais a partir da pintura dos ambientes rurais, como em Os Camponeses, de 1844. 
Além de romances, escreveu também "estudos filosóficos" (como A Procura do Absoluto, 1834) e estudos analíticos (como a Fisiologia do Casamento, que causou escândalo ao ser publicado em 1829).

Os livros e a estante vazia

É quando preciso de um livro da minha estante e retiro todos ... amontoados ficam horas aguardando a coragem e de alguém que se habilite a recolocar todos os volumes no seus devidos lugares , lá pelas cinco da manhã devo terminar o trabalho de organizá los!
Faz parte! 
Poderia ser diferente se colecionasse sonhos imaginários e efêmeros ... pois a efemeridade sempre estão bem organizadas dentro de mim!

“Anatomia de uma derrota”




Só , sei que descobri esse livro um dia lendo um catálogo de uma editora , ou foi ele que descobriu"?" livro que prende a atenção do leitor com um poder de fazê lo voltar no tempo , o referido livro é um dos mais “preciosos” da minha estante , talvez pela riqueza de detalhes , refiro me de “Anatomia de uma derrota” , o primeiro livro que comprei pela web , comprei direto da editora e na época que me custou de 30 à 50 reais … não me lembro ao certo. 

Este livro traz a história da derrota do Brasil na Copa do Mundo de 50, o dia 16 de julho de 1950. O autor Paulo Perdigão foi uma das testemunhas deste acontecimento. Um livro obrigatório, para todos os tipos de leitores: torcedores, jornalistas, pesquisadores e até mesmo jogadores e comissão técnica da seleção brasileira . “Anatomia de uma derrota” (Editora L&PM, 2000), é a mais completa obra sobre a fatídica derrota brasileira, na primeira Copa disputada no país, em 1950.

O autor, Paulo Perdigão, infelizmente, nos deixou em 2006. Mas sua obra, esgotada e somente encontrada em sebos por preços absurdos, de até 350 reais, voltará ao mercado após várias reportagens relacioná-lo, nesta onda de lançamentos pré-Copa, como um dos principais livros da literatura esportiva. Pena não voltar “em papel”, somente em e-book, pela mesma L&PM. 
 É neste livro histórico que Perdigão publicou o conto “O dia em que o Brasil perdeu a Copa”. Somado a parte do texto de introdução da obra, que você verá mais abaixo, com certeza, o cineasta Jorge Furtado produziu o curta-metragem, “Barbosa”, onde um homem volta no tempo para tentar evitar a falha do goleiro Barbosa na final da Copa de 1950. Como o prefaciador da obra, João Máximo, escreveu: “Anatomia de uma derrota” é um livro “definitivo”. 

 Um livro definitivo 
Por João Máximo

segunda-feira, 27 de junho de 2016

POEMA - Alma de boneca (Lovely Rita)

VIDEO:



TENHO A ALMA DE BONECA E O CORAÇÃO DE UMA FERA, MISTURO MINHAS 
MANIAS COM AS MINHAS PAIXÕES E DO RESULTADO DESTA ESSÊNCIA 
EDIFICO UM MUNDO PARTICULAR;

ESSE É O MEU MUNDO DE MULHER;

UM MUNDO QUE EU MODIFICO NA MEDIDA DO IMPOSSÍVEL, O MEU ÚNICO LIMITE.

SOBREVIVÍ AOS BATALHÕES DOS LADRÕES QUE QUERIAM ROUBAR-ME OS SONHOS, 
DESARMEI MEU CORAÇÃO E DEIXEI-O DE LADO;
 TROQUEI SÍLABAS POR PEQUENAS PALAVRAS DISFARÇADAS DE POEMAS ... 

COMO UM ESPERANTO NA BOCA CALADA DE UM CONDENADO ...
AGORA PREFIRO AS FRASES LONGAS QUE DEIXAM MEUS OLHOS EM FORMA DE LÁGRIMAS PRA INUNDAR MEU TÊNUE CORAÇÃO APAGADO...

...AS FLORES FLORECEM ... MEUS OLHOS ESQUECEM ,  E NUMA MEDIDA QUE ADORMECEM , MEUS SONHOS AINDA  TE MERECEM...

GRITEI, CHOREI E CORRÍ ATÉ PERCEBER QUE NÃO ME OUVIAM, 

AÍ PERCEBÍ QUE VIVIA COM UM OUTRO CORAÇÃO;

MEU AMOR INADIVERTIDAMENTE DIVIDIA SEU CORAÇÃO COMIGO;

RESOLVÍ NÃO LAMENTAR OS DIAS QUE PASSEI NO DESERTO, MESMO 
SABENDO QUE AINDA PODERIA VOLTAR PRA LÁ;

AGORA POR TODO LUGAR QUE VOU, COMIGO CAMINHA A ESPERANÇA;

A ESPERANÇA DE TODOS AQUELES QUE ACREDITAM NUM OUTRO DIA;

A ESPERANÇA REFLETIDA NOS MEUS PRÓPRIOS OLHOS DE ALEGRIA.

SE UM DIA EU NÃO ME DESPEDIR É POR QUE ALGUMAS DAS MINHAS
 COISAS FICARAM PARA TRAS; ENTRE GRADES!

UMA LEMBRANÇA ESTAMPADA EM UMA CADEIRA VAZIA, TECLADOS DE UM 
COMPUTADOR ANSIOSOS PELAS MINHAS HESITANTES IMPRESSÕES DIGITAIS;

OU TALVEZ SIMPLESMENTE O MEU CORAÇÃO; AQUELE MESMO QUE UM DIA 
ESQUECÍ EM ALGUM CANTO DESTE MUNDO CHAMADO :
MAGNO MOREIRA
.


Helio Oiticica – Pintor e Escultor Brasileiro


Helio Oiticica nasceu no dia 26 de julho de 1937 na cidade do Rio de Janeiro. Foi pintor, escultor, artista plástico e performático. Como um dos artistas revolucionários, foi também anarquista, professor e filólogo. No ano de 1959, funda o Grupo Neoconcreto, juntamente com Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape e Franz Weissmann.
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Criador do Parangolé, denominado por ser uma espécie de bandeira, onde mostra os tons, cores, formas, texturas, grafismos, textos, juntamente com sua composição, como tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico corda e palha, sendo considerada uma escultura móvel. 

O movimento Tropicália, onde o pintor brasileiro participou, teve uma grande repercussão na época impondo a imagem brasileira sobre o tema da vanguarda. 

 Criou também as bólides, objetos com pigmento, onde traziam a cidade para mostrar sua arte. Em 2009, seu acervo de 90% foi destruído por um incêndio, mas uma grande parte foi preservada pela digitalização do programa Helio Oiticica, coordenado pela curadora e crítica de arte Lisette Lagnado.
Home | Pinturas em Tela – Obras de Arte, Pintores e Quadros

Wally Salomão poemas




Término de leitura 
de um livro de poemas 
não pode ser o ponto final. 
 Também não pode ser a pacatez burguesa do ponto seguimento. 

 Meta desejável: alcançar o ponto de ebulição. 
 Morro e transformo-me. 
 Leitor, eu te reproponho a legenda de Goethe: 
Morre e devém Morre e transforma-te.
VIDEO:


Waly Salomão: "Câmara de ecos" 

"Cresci sob um teto sossegado, 
meu sonho era um pequenino sonho meu. 
Na ciência dos cuidados fui treinado. 
 Agora, entre meu ser e o ser alheio 
a linha de fronteira se rompeu. "
 SALOMÃO, Waly. Algaravias: cãmara de ecos. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Projeto Cultural Cianorte do lixo para o luxo " Cianorte ler ou não ler ... eis a questão !"



Fiz uma pesquisa  superficial  de amostragem , nada muito criterioso e descobri que muitas pessoas jogam livros no lixo  , isso ocorre em todo Brasil fruto de uma cultura de "desconstrução educacional comum entre os povos oprimidos por colonizadores europeus , ai tivemos uma ideia legal , essa ideia surgiu após uma reunião com a amiga Aclaer  Aparecida Ferreira Mendes , também sensibilizada pelas questões culturais de nossa população , após debatermos sobre essa aparente falta de apreço pelos livros  criamos o "Projeto Cultural Cianorte do lixo para o luxo ", e conseguimos em um mês mais de 10 títulos que serão destinados à bibliotecas escolares e à nossa biblioteca municipal .
 
O  propósito do projeto é conscientizar a comunidade cianortense ou outra comunidade de não jogar livros no lixo. 

  • No primeiro lote consegui catalogar a obra prima do escritor José Saramago intitulado "AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE " obra primorosa do saudoso autor lusitano.

Divina Comédia de Dante Alighieri


Confesso que li esse clássico há uns 20 anos atras e tive certa dificuldade de entendê - lo."O Poema Sagrado de Dante", séculos após registrado como A Divina Comédia (em italiano: Divina Commedia, originalmente Comedìa e, mais tarde, denominada Divina Comédia por Giovanni Boccaccio) poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: inferno , purgatório e paraíso. 
Escrito originalmente em dialeto toscano, dialeto popular semelhante ao italiano atual, e não em latim como fazia-se comum à época, trata-se de um poema articulado por trilogias, entre elas as formadas por Razão - Humano - Fé, Onça - Leão - Loba, Pai - - Espirito Santo; e com final feliz segundo sugerido pelo próprio nome. 

À época em que Dante escreveu o poema os textos eram separados entre Comédia, obras dotadas de finais felizes, e Tragédias, com finais contrastantes aos das Comédias . Não há registo da data exata em que foi escrita, mas as opiniões mais reconhecidas asseguram que o Inferno pode ter sido composto entre 1304 e 1307-1308, o Purgatório de 1307-1308 a 1313-1314 e, por último, o Paraíso, de 1313-1314 a 1321 (esta última data coincide com a morte de Dante ). O poema - talvez o maior do Ocidente - descreve uma viagem onde se sucedem diversos acontecimentos. Sua força está na riqueza das alegorias, que tornam o relato atemporal. 

 Dante escreveu a "Comédia" - um poema de estrutura épica, com propósitos filosóficos - no seu dialeto local, o florentino, que é uma variedade do toscano. O poeta demonstrou que o florentino (muito próximo do que hoje é conhecido como língua italiana), uma língua vulgar (em oposição ao latim, que se considerava como a língua apropriada para discursos mais sérios), era adequado para o mais elevado tipo de expressão, estabelecendo-o como italiano padrão. De fato, é a matriz do italiano atual. 

 Há quem veja esta obra como a Suma Teológica, de São Tomás de Aquino, em verso . Grandes pintores de diferentes épocas criaram ilustrações para a Divina Comédia, destacando-se Botticelli, Gustave Doré e Dalí . A Divina Comédia é a fonte original mais acessível para a cosmovisão medieval, que dividia o Universo em círculos concêntricos. 

A obra moderna mais conhecida a respeito dessa cosmovisão é The Discarded Image, de C. S. Lewis, ilustrada por Gustave Doré.

Alcorão


Sempre estive interessado com as questões do Mundo islâmico e por isso há uns dez anos atrás comprei um exemplar do Alcorão .Livro sagrado do Islã com tradução consagrada de Mansour Challita feita diretamente do texto árabe original. Leitura primorosa - lá encontrei a mais singela e exuberante definição de Deus : 

                "O SENHOR DOS MUNDOS" 

 O Alcorão é leitura obrigatória para quem gosta de uma linguagem poética e espiritual.

domingo, 26 de junho de 2016

Machado de Assis - homem negro, autor de literatura clássica e que nunca precisou de cotas




Considero Machado de Assis no mesmo patamar de relevância literária no Brasil , como Mário de Andrade , 
José de Alencar e Jorge Amado.


Como escreveu meu caro Eleuterio Langowski , numa de suas publicações no facebook em 26/06/2016 , Langowski é um sujeito que prezo muito , até por ser alguém que vive o hoje e consegue realizar uma leitura equivalente do homem imerso e refém num mundo frio e globalizado , massificado pelo peso de um imperialismo dominante e secular ,Langowski escreveu , com muita propriedade - " Machado de Assis - um homem negro, autor de literatura clássica e que nunca precisou de cotas."
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Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. 
 Desse gênio de nossa literatura li o clássico - "Memórias Póstumas de Brás Cubas"

VIDEO 1:
Depois de retornar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma existência de moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D. Eusébia, Eugênia, e a despreza por ser manca. Envolve-se com Virgília, uma namorada da juventude, agora casada com o político Lobo Neves. O adultério dura muitos anos e se desfaz de maneira fria. Brás ainda se aproxima de Nhã Loló, parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da moça interrompe o projeto de casamento.                
                          VIDEO 2:
Desse ponto até o fim da vida, Brás se dedica à carreira política, que exerce sem talento, e a ações beneficentes, que pratica sem nenhuma paixão. O balanço final, tão melancólico quanto a própria existência, arremata a narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.

  Homenagem do Banco Central em cédula de mil cruzados. 

Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras.

Uma preciosidade literária por 1 Real

Todos nós que gostamos de uma boa leitura , no meu caso particularmente , vez ou outra adquiro livros em sebos ... o mais barato que eu comprei custou me 1 Real - trata se de "Martim Cererê".  Falando do valor pago pelo livro - 1 Real , penso que , mesmo sendo livro de sebo .. 1 Real é um valor irrisório demais para uma obra de tal importância para a construção de nossa literatura modernista.


Definitivamente eu sou um pouco suspeito pra resenhar este livro, embora após uma primeira e superficial lida . Martim Cererê é o tipo de livro que encanta, é o tipo de livro que você, de início, faz pouco caso, mas, ao terminar, exclama: As pessoas precisam ler isto! Na verdade é um livro "verde e amarelo" - bem Brasil.
 Não há outra melhor palavra para definir essa obra do que genial. Em síntese, basicamente a estória retrata as origens do Brasil desde seus primórdios, antes de seu “achamento”, passando pelo processo de interiorização do território e seu desenvolvimento. Mas e a peculiaridade? Está no fato de Cassiano Ricardo ter criado uma riquíssima mitologia pra fazer este percurso. 

Criaturas fantásticas, gigantes, lendas brasileiras. Está tudo lá dentro, e entoada numa poesia modernista que salta aos olhos, tamanho o poder. Muitas pessoas poderão torcer o nariz para o fato de eu ter dito que é escrito em poesia. Sabe-se que a poesia, embora legitimamente digna de apreciação, não vem lá nestas últimas décadas sendo muito valorizada pelos leitores: eu mesmo já carreguei este preconceito dentro do mim. 

Preciso confessar, todavia, que muito do encanto desta obra se perderia se escrita de outra maneira. Colocarei um trecho aqui pra exemplificar o que eu quero dizer: 

  LADAINHA 
 Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome de [Ilha de Vera Cruz. 

 Ilha cheia de graça Ilha cheia de pássaros Ilha cheia de luz. 

 Ilha verde onde havia mulheres morenas e nuas anhangás a sonhar com histórias de luas e cantos bárbaros de pajés em poracés [batendo os pés. 

 Depois mudaram-lhe o nome pra Terra de Santa Cruz. Terra cheia de graça Terra cheia de pássaros Terra cheia de luz. 

 A grande Terra girassol onde havia guerreiros de [tanga. e onças ruivas deitadas à sombra das árvores [mosqueadas de sol. 

 Mas como houvesse, em abundância, Certa madeira cor de sangue cor de brasa e como o fogo da manhã selvagem fosse um brasido no carvão noturno da paisagem, e como a Terra fosse de árvores vermelhas e se houvesse mostrado assaz gentil, deram-lhe o nome Brasil. 

 Brasil cheio de graça Brasil cheio de pássaros Brasil cheio de luz.


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 Aos que acharem estranha a pontuação e creditarem em minha digitação a origem dos “erros”, enganam-se. Cassiano Ricardo faz isso para transmitir o tom que lhe achava mais conveniente. E preciso concordar com ele. Esta, sem dúvida, é uma grande parte, mas há melhores ainda. Selecionei está por ser uma passagem isolada e que não precisa de contextualização do enredo para a compreensão. Qualquer um com um básico estudo de História do Brasil vai saber do que se trata. Pra saber o grau de complexidade desta poesia, e o quanto de informação há nela, basta atentar ao período que Cassiano Ricardo se dedicou à escrita. Originalmente, Martim Cererê foi lançado em 1928. Com tenho uma certa preferência por livros de capa dura, comprei minha edição no sebo: edição esta de 1932. Meu grupo (lembrando que comprei para um trabalho de faculdade) comprou a mais recente, nas livrarias. Durante uma leitura coletiva, acabei por descobrir que os textos estavam diferentes na maioria das passagens. Fiquei espantado ao descobrir que Cassiano Ricardo vinha lançando desde 1928 diversas edições reescritas de Martin Cererê, tamanho seu perfeccionismo. Foram ao todo 12 edições lançadas e reescritas até a versão final. Portanto, se alguém se interessar em ler, caso não queria comprar na livraria, e opte pelo sebo, não compre edições que antecedam a década de 1970. Acho que encerro por aqui fazendo algumas considerações finais. 

O livro foi escrito sob um nacionalismo tão exacerbado que é impossível ler e não desenvolver um patriotismo quase ufanista. Cassiano Ricardo, que fez parte da Academia Brasileira de Letras, sem dúvida, é um dos maiores poetas brasileiros (e me deixa muito triste o fato de ser pouco conhecido). Por último, considero este livro de leitura fundamental, e recomendo infinitamente (para amantes e não amantes de poesia). E uma recomendação especial: digo que não é uma leitura fácil, e muitos, acomodados pelas leituras “mastigadas” de hoje, sentir-se-ão tentados a abandonar. Aos que persistirem, caso tenha motivado aqui alguém a ler (o que me deixaria infinitamente feliz), aconselho a andar com um lápis junto ao livro. 

Cada detalhe tem muito de conhecimento ocultado por simbologia, o que torna a leitura quase uma brincadeira de enigma. Atente aos nomes dos personagens, eles dão muitas dicas. Encerro com a melhor definição que se poderiam fazer sobre a obra, escrita por Guilherme de Almeida: “O livro da Gênese Verde do nosso verdadeiro Antigo Testamento.”

A Hidra Vermelha

 

Esse livro ai eu ainda não li mas irei ler muito breve até porque a sugestão é de uma pessoa muito inteligente e antenada com o mundo em que vivemos ... e sempre está se transformando assim como nós seres humanos ... "hóspedes desse mundo"!A dica é do nobre Eleuterio Langowski , e se veio dele a sugestão ... ai imagino que deva ser muito bom o livro.
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A obra baseia se em toda a gama de aspectos referentes ao Movimento Comunista Internacional e suas ramificações ao longo de 53 capítulos. Da história às organizações, da filosofia ao jornalismo – nada ficou de fora e acaba-se a leitura do livro com anseios de mais conhecimento.
                                                por Eleuterio Langowski

Barrabás de Pär Fabian Lagerkvist

Leitura primorosa , talvez um dos melhores livros que li nos últimos anos , refiro me ao clássico Barrabás sugerido pelo meu amigo reverendo Irani Marques( de azul na foto abaixo) - Barrabás  é um livro escrito pelo premiado escritor sueco Pär Fabian Lagerkvist , laureado com o Nobel de Literatura de 1951. 
*Irani Marques e seu filho Luciano Fiuza
 Lagerkvist escreveu durante os anos 20 até final dos 70 poemas, peças de teatro, novelas e contos. Tinha como principal tema em suas obras a temática do bem e mal.

Victor Hugo

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Victor-Marie Hugo (Besançon, 26 de fevereiro de 1802 — Paris, 22 de maio de 1885) foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras clássicas de fama e renome mundial.Nascido em Besançon, no Doubs, Victor Hugo foi o terceiro filho de Sophie Trébuchet e Joseph Hugo (conde de Siguenza, um major que, mais tarde, se tornaria um general do exército napoleônico). 
 A infância de Victor Hugo foi marcada por grandes acontecimentos. Napoleão foi proclamado imperador dois anos depois do nascimento de Victor Hugo, e a monarquia dos Bourbons foi restaurada antes de seu décimo oitavo aniversário. Os pontos de vista políticos e religiosos opostos dos pais de Victor Hugo refletiam as forças que lutavam pela supremacia na França ao longo de sua vida: seu pai era um oficial que atingiu uma elevada posição no exército de Napoleão. Era um Deísta republicano que considerava Napoleão um herói, enquanto sua mãe era uma radical católica defensora da casa real, sendo que se acredita tenha sido amante do general Victor Lahorie, que foi executado em 1812 por tramar contra Napoleão. 

Devido à ocupação do pai de Victor Hugo, Joseph, que era um oficial, mudavam-se com frequência e Victor aprendeu muito com essas viagens. Na viagem de sua família a Nápoles, ele viu as grandes passagens dos Alpes e seus picos nevados, o azul do Mediterrâneo e Roma durante suas datas festivas. Embora tivesse apenas cerca de seis anos à época, lembrava-se vividamente da viagem que durara meio ano. A família permaneceu em Nápoles por alguns meses e depois voltou para Paris. Sophie acompanhou o marido em seus postos na Itália (onde Joseph Léopold ocupou o posto de governador de uma província perto de Nápoles) e Espanha (onde ele se encarregou de três províncias da Espanha). Cansada das constantes mudanças exigidas pela vida militar, e em litígio com o marido infiel, Sophie separou-se temporariamente de Joseph Léopold em 1803 e se estabeleceu em Paris. 

A partir de então, ela dominou a educação e formação de Victor Hugo. Como resultado, os primeiros trabalhos de Hugo na poesia e ficção refletem uma devoção apaixonada tanto do rei como da fé. Foi somente mais tarde, durante os eventos que levaram à Revolução de 1848, que ele iria começar a se rebelar contra a sua educação católica e monarquista e em vez disso advogar o republicanismo e o livre pensamento. Victor Hugo passou a infância entre Paris, onde foi educado por muitos tutores e também em escolas privadas, Nápoles e Madrid. Considerado um menino precoce, ainda jovem tornou-se escritor, tendo em 1817, aos 15 anos, sido premiado pela Academia Francesa por um de seus poemas. Em 1819 fundou, com os seus irmãos, a revista "Le Conservateur Littéraire", e, no mesmo ano, ganhou o concurso da Académie des Jeux Floraux, instituição literária francesa fundada no século XIV.

 Em 1821, Hugo publicou seu livro de poesias, "Odes et poésies diverses" (Odes e Poesias Diversas), com o qual ganhou uma pensão, concedida por Luís XVIII. Um ano mais tarde publicaria seu primeiro romance, "Han d'Islande" (Hans da Islândia). Casou-se com sua amiga de infância, Adèle Foucher, em 12 de outubro de 1822, o casamento gerou o desgosto de seu irmão, Eugène, que era apaixonado por Adèle. Em decorrência disso, Eugène enloquece e é internado em um hospício. No ano seguinte, a morte do primeiro filho e o fracasso literário do livro Hans da Islândia, que não agrada a crítica, interrompem o período de estabilidade vivido até então. 

Em 1824 nasce sua primeira filha, Leopoldine. Em 1825, aos 23 anos, recebe o título de Cavaleiro da Legião de Honra.

Nesta época, torna-se líder de um grupo de escritores criando o Cenáculo. A publicação da terceira coletânea de poemas de Victor Hugo, intitulada "Odes et Ballads", em 1826, marcou o início de um período de intensa criatividade. Em 1827, no prefácio de seu extenso drama histórico, Cromwell, Hugo expõe uma chamada à liberação das restrições que impunham as tradições do classicismo. 

O prefácio é considerado o manifesto do movimento romântico na literatura francesa, nele o escritor fala da necessidade de romper com as amarras e restrições do formalismo clássico para poder então refletir a extensão plena da natureza humana. Ainda neste prefácio, Hugo defende o drama moderno, com a coexistência do sublime e do grotesco. O sucesso do prefácio de Cromwell consolidaram a imagem de Hugo como a principal liderança do romantismo na França. Aos 26 anos de idade, o escritor desfrutava de uma situação material confortável e prestígio não apenas entre a juventude rebelde francesa, mas também entre a corte de Carlos X.

 Neste período integrou-se ao romantismo transformando-se em um verdadeiro porta-voz desse movimento. A residência de Hugo tornou-se um ponto de encontro de escritores românticos entre os quais Alfred de Vigny e o crítico literário Charles Augustin Sainte-Beuve.  A censura recaiu sobre sua obra, Marion do Lorme, em 1829, peça teatral apoiada na vida de uma cortesã francesa do século XVII, isso aconteceu porque a obra foi considerada muito liberal, e também devido ao fato de os censores terem interpretado a peça como uma crítica à Carlos X, o que fez com que a produção daquela que seria sua primeira peça a ser interpretada fosse cancelada. Em 1830 estreia Hernani sua primeira obra teatral, que representa o fim do classicismo e expressa novas aspirações da juventude. 

A peça, que exalta o herói romântico em luta contra a sociedade, divide opiniões, agradando os jovens e desagradando os mais velhos, o que desencadeia uma disputa de público que contribui para a consagração de Hugo como líder romântico, A peça obteve grande sucesso, lotando o teatro em todas as suas exibições. A disputa entre opiniões gerada por Hernani obteve proporções além do teatro, apoiadores e opositores travavam brigas e discussões por toda a França.

 Após o nascimento de mais uma filha, também no ano de 1830, que recebeu o nome da mãe, sua esposa recusa-se a ter mais filhos e concede ao marido liberdade para transitar por Paris, desde que não a aborrecesse. Tal fato, faz com que Hugo se entregue à libertinagem, ligando-se indistintamente à atrizes, aristocratas e humildes costureiras, mas contudo, ele não se separara de Adèle. Neste mesmo período, Adèle inicia um relacionamento amoroso com o amigo da família, Saint-Beauve.