Por Maria Fernanda Moraes
“Meu nome é Jards Macalé Anet da Silva... ou melhor... da Selva... ou pior... da Silva...” – é como o compositor se apresenta ao público numa vinheta de um dos seus mais conceituados discos, Aprender a Nadar, de 1974.
Ao completar 70 anos , o cantor reafirmou toda a subversão e reinvenção que o acompanham desde o início da carreira, em 1965, quando estreou como violonista no Grupo Opinião.
Avesso a comemorações, pois, segundo ele, “já ultrapassou a barreira do tempo e do som”, Jards passa o mês de aniversário do jeito que gosta: fazendo shows com sua nova banda, formada por jovens músicos, e com várias participações especiais como Adriana Calcanhotto, Thaís Gulin e Ava Rocha.
O SaraivaConteúdo resgatou 10 passagens importantes de Jards que podem explicar um pouco mais dessa importante figura da MPB para sua nova geração de fãs:
1 - Ele ficou conhecido como “maldito”
Chamado carinhosamente pelos amigos de Macao, Jards ganhou outra alcunha em 1969. Durante o IV Festival Internacional da Canção (FIC), no Rio de Janeiro, ele defendeu sua canção “Gotham City”. A música, que é uma paródia, um alerta em relação à ditadura militar da época, foi vaiada do início ao fim. Ele costuma dizer que "foi dormir bendito e acordou maldito”.
2 - É carioca da Tijuca e cresceu em Ipanema
Lá, jogava futebol na praia e ganhou o apelido de Macalé, uma analogia ao “pior jogador do Botafogo”. Estudou piano e orquestração com Guerra Peixe, violoncelo com Peter Dauelsberg, violão com Turíbio Santos e Jodacil Damasceno, e análise musical com Ester Scliar.
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