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domingo, 28 de outubro de 2018

Paulo Leminski e a Poesia Concreta

É  possível que as grades curriculares ignorem esse artista paranaense, assim deixando os estudantes sem saber quem foi Paulo Leminski e o que é Poesia concreta, mas vamos ao que interessa, Poesia Concreta é um tipo de poesia vanguardista, de carácter experimental, basicamente visual, que procura estruturar o texto poético escrito a partir do espaço do seu suporte, sendo ele a página de um livro ou não, buscando a superação do verso como unidade rítmico-formal. 

Surgiu na década de 1950 no Brasil e na Suíça, tendo sido primeiramente nomeada, tal qual a conhecemos, por Augusto de Campos na revista Noigandres de número 2, de 1955, publicada por um grupo de poetas homónimo à revista e que produziam uma poesia afins. Também é chamada de (ou confundida com) poesia visual em algumas partes do mundo.O concretismo, primeiramente, foi um movimento europeu das artes plásticas, na década de 1930, e da música, na década de quarenta. Dizia-se "concreto" por oposição à ideia de "abstrato" [carece de citação]. O surgimento oficial da poesia concreta dá-se em 1956, com a Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, com a participação de poetas e pintores de São Paulo e do Rio de Janeiro. 


No entanto, já se vinha configurando desde o início da década, e mesmo anteriormente, surgindo como parte de um movimento ou tendência, muitas vezes de forma espontânea, no Brasil e em vários países da Europa. Na Itália, em 1943, provindo do já antigo futurismo (o qual costumava fazer experimentos tipográficos e posteriormente sofreu forte influência da poesia cubista, através da influência do poeta Guillaume Apollinaire), o poeta Carlo Belloli escreveu, profeticamente , to see will become more necessary than to listen ("ver tornar-se-á mais importante que ouvir") e produziu um tipo de poesia que chamou de “Testi-poemi murali” (Texto-poema mural). Mary Ellen Solt, em artigo de 1968, para a Indiana University Press, considera tais textos-poemas como poesia concreta. 

No entanto, os primeiros textos que atendem rigorosamente aos preceitos definidos para a poesia concreta no seu primeiro manifesto (Plano-piloto para poesia concreta, publicado em São Paulo, 1958, e assinado por Augusto de Campos, por seu irmão Haroldo de Campos e por Décio Pignatari, grupo reunido desde 1952 sob o nome de Noigandres), foram uma série de poemas chamados de “Poetamenos” e o primeiro livro do boliviano-suíço Eugen Gomringer, Konstellationen (Constelações), ambos publicados em 1953. 

No mesmo ano, foi publicado na Suécia, pelo poeta brasileiro-sueco Öyvind Fahlström, um manifesto chamado Manifest for konkret poesie (Manifesto da poesia concreta), que apresentava muitos pontos de contato com as proposições da poesia concreta paulista, enfatizando, porém, a importância do ritmo, o que, de todo modo, poderia nos levar a pensar em alguma poesia como “beba coca cola” (Décio Pignatari, 1957) ou na letra da composição musical “O quê” (Arnaldo Antunes, 1986). 

A partir da metade da década de 1950, o movimento começa a propagar-se por vários países, tais como Alemanha, Áustria, Japão, Portugal, França, Espanha, EUA, Islândia, Escócia, Bélgica, Tchecoslováquia, Dinamarca, Turquia, Finlândia e Itália (neste último parecendo ter se desenvolvido da "poesia-texto mural"). 

No exposição brasileira de 1956, além dos paulistas do Noigandres, participaram poetas, como Ferreira Gullar (maranhense que, à época, utilizava-se de meios como a gravação de poemas em madeira), e artistas plásticos como Lígia Clark e Hélio Oiticica. Ferreira Gullar irá romper com os paulistas em 1959 e fundar o neoconcretismo. Mais tarde, o poeta maranhense se afasta também deste movimento, por considerar que o termo "poesia" não poderia ser dissociado da palavra escrita ou falada, e por acreditar que o neoconcretismo apontava para este caminho. 

Pesquisa - Magno Moreira

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