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Uma casa sem livros é como um corpo sem alma., Cícero

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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Gatos e livros!

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Você humano já deve ter ouvido coisa do tipo "Meu gato é muito inteligente", "Ela só falta falar". Não é verdade? Citações como essas e muitas outras são comuns em criadores de animais. E nós gatos não somos diferentes. Cada um com sua inteligência, sua capacidade de entender até muitas coisas que vocês humanos ainda não conseguem.Resultado de imagem para gatos e livrosResultado de imagem para gatos e livros

sábado, 27 de agosto de 2016

O Fantasma da Ópera

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Um livro obrigatório , refiro me ao clássico O Fantasma da Ópera (no original em francês Le Fantôme de l'Opéra) é um romance francês, escrito por Gaston Leroux. Foi publicado pela primeira vez como uma serialização em Le Gaulois de 23 de setembro de 1909 a 8 de janeiro de 1910 e em forma de volume, em abril de 1910 por Pierre Lafitte. A novela é parcialmente inspirada em fatos históricos da Ópera de Paris durante o século XIX e um conto apócrifo relativo à utilização de esqueleto de um ex-aluno de balé, Hector Berlioz, na produção de Der Freischütz de 1841. Hoje em dia, é ofuscada pelo sucesso de suas várias adaptações de teatro e cinema, atingindo o seu auge ao ser adaptada para o teatro musical por Andrew Lloyd Webber, Charles Hart e Richard Stilgoe. 

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O espetáculo bateu o recorde de permanência na Broadway (superando Cats), e continua em palco até hoje desde a estreia em 1986. É o musical mais visto de sempre, por mais 100 milhões de pessoas, e também a produção de entretenimento com mais sucesso que alguma vez existiu, rendendo 5 bilhões de dólares (5 mil milhões na escala longa, utilizada em Portugal). 

 Le Fantôme de l'Opéra foi inúmeras vezes traduzido para o português do Brasil, sendo que as versões mais difundidas são das editoras Ediouro e Ática. A preferência por essas versões devem-se à maior fidelidade à história originalmente criada por Gaston Leroux. Em Portugal, "O Fantasma da Ópera" foi traduzido e publicado pela editora Bico de Pena.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Proust : Em Busca do Tempo Perdido


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Um livro intuitivo e provocativo na medida que o autor apresenta figuras do quotidiano ao leitor , um livro difícil de "largar" - Em busca do tempo perdido (do francês À la recherche du temps perdu) é uma obra romanesca de Marcel Proust escrita entre 1908-1909 e 1922, publicada entre 1913 e 1927 em sete volumes, os três últimos postumamente.s sete volumes que constituem a obra são (os títulos em português são os da edição portuguesa da Relogio d'Água publicados entre 2003 e 2005
 numa tradução de Pedro Tamen): Du côté de chez Swann 
(No caminho de Swann, 1913) À l'ombre des jeunes filles en fleurs 
(À sombra das raparigas em flor, 1919, recebeu o prémio Goncourt desse ano) 
Le Côté de Guermantes (O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 e 1921) 

Sodome et Gomorrhe (Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921-1922) La Prisonnière (A prisioneira, publicado postumamente em 1923) Albertine disparue (A Fugitiva - Albertine desaparecida, publicado postumamente em 1927) (título original: La Fugitive) Le Temps retrouvé (O tempo reencontrado, publicado postumamente em 1927) Pelas suas ambições (alcançar a substância do tempo para poder se subtrair de sua lei, a fim de tentar apreender, pela escrita, a essência de uma realidade escondida no inconsciente “recriada pelo nosso pensamento”), sua desproporção (quase 3500 páginas na coleção de bolso), e sua influência em trabalhos literários e nas pesquisas a vir (Proust é considerado como o primeiro autor clássico de seu tempo), 

"Em busca do tempo perdido" se classifica entre as maiores obras da literatura universal. Uma tradução brasileira hoje clássica de Mário Quintana (Volumes 1 a 4), Manuel Bandeira e Lourdes Sousa de Alencar (Volume 5), Carlos Drummond de Andrade (Volume 6) e Lúcia Miguel Pereira (Volume 7) foi editada pela Editora Globo de Porto Alegre, o primeiro volume em 1948, o segundo em 1951 e os demais durante a década de 1950. Outra tradução brasileira mais recente, do poeta Fernando Py, com base na edição francesa definitiva da Gallimard de 1987, foi lançada em 1992 em três volumes pela Ediouro. Uma das traduções portuguesas é de Pedro Tamen, pela editora Relógio d'Água e Círculo de Leitores de Lisboa, entre 2003 e 2004. A obra tem uma edição em mangá no Brasil.
 
EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
USHINAWARETA TOKI WO MOTOMETE 
MARCEL PROUST


Tradução de Drik Sada Adaptação e ilustrações: Equipe East Press man•gá ou 漫画, em japonês (man, involuntário + gá, imagem), é um gênero de história em quadrinhos herdeiro das gravurasjaponesas clássicas e das HQs ocidentais.

 Esta coleção traz para o leitor brasileiro os textosde grandes clássicos da literatura universal adaptados para a linguagem ágil e dinâmica dos mangás. Uma xícara de chá preto e uma madeleine. É com este pequeno agrado que o protagonista é recebido por sua idosa mãe. O aroma e o sabor desta combinação imediatamente o remetem à infância, e ele inicia uma longa reminiscência de seu passado. 

A grandiosa obra de Proust (1871-1922), um dos maiores clássicos da literatura universal, publicado em sete volumes entre 1913 e 1927, é uma verdadeira contemplação sobre a memória, sobre a escrita e sobre como tudo o que vivemos acaba por influenciar o que nos tornamos.
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Os sete volumes que constituem a obra são (os títulos em português são os da edição portuguesa da Relogio d'Água publicados entre 2003 e 2005 numa tradução de Pedro Tamen):
1.         Du côté de chez Swann (No caminho de Swann1913)
2.         À l'ombre des jeunes filles en fleurs (À sombra das raparigas em flor, 1919, recebeu o prémio Goncourt desse ano)
3.         Le Côté de Guermantes (O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 e 1921)
4.         Sodome et Gomorrhe (Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921-1922)
5.         La Prisonnière (A prisioneira, publicado postumamente em 1923)
6.         Albertine disparue (A Fugitiva - Albertine desaparecida, publicado postumamente em 1927) (título original: La Fugitive)
7.         Le Temps retrouvé (O tempo reencontrado, publicado postumamente em 1927)


terça-feira, 16 de agosto de 2016

"O vampiro de Curitiba"& Essas malditas mulheres



Em 1993 no segundo grau escolhi numa enorme lista de obras da literatura brasileira para resenhar e apresentar apontamentos - a obra :  "O vampiro de Curitiba" escrito pelo curitibano Dalton Trevisan. Anos depois li  'Essas malditas mulheres mulheres'

Em 'Essas malditas mulheres', a crueldade e a mansidão alternam-se nos dois sexos. A mártir de hoje pode ser a megera de amanhã, numa rotação amorosa. O autor traça o diuturno combate entre homens e mulheres, essa antiga saga de amor e ódio.


O que não me contam, eu escuto atrás das portas. O que não sei,
adivinho e, com sorte, você adivinha sempre o que,
cedo ou tarde, acaba acontecendo."

" — Não vou responder às perguntas simplesmente porque não posso, é verdade; sou arredio, ai de mim!  Incurávelmente tímido (um pouco menos com as loiras oxigenadas!)." Já se escreveu e se comprovou que os demais vampiros não podem encarar, sem pânico, um crucifixo. Ou réstias de alho, água corrente cristalina... Dalton não pode ver um jornalista. Vendo, foge, literalmente foge, apavorado. Suas raras fotos surgidas na imprensa foram feitas às escondidas, como a que utilizamos para ilustrar esta página.
  
Nascido em 14 de junho de 1925, o curitibano Dalton Jérson Trevisan sempre foi enigmático. Antes de chegar ao grande público, quando ainda era estudante de Direito, costumava lançar seus contos em modestíssimos folhetos. Em 1945 estreou-se com um livro de qualidade incomum, Sonata ao Luar, e, no ano seguinte, publicou Sete Anos de Pastor. Dalton renega os dois. Declara não possuir um exemplar sequer dos livros e "felizmente já esqueci aquela barbaridade".

Entre 1946 e 1948, editou a revista Joaquim, "uma homenagem a todos os Joaquins do Brasil". A publicação tornou-se porta-voz de uma geração de escritores, críticos e poetas nacionais. Reunia ensaios assinados por Antonio Cândido, Mario de Andrade e Otto Maria Carpeaux e poemas até então inéditos, como O caso do vestido, de Carlos Drummond de Andrade. Além disso, trazia traduções originais de Joyce, Proust, Kafka, Sartre e Gide e era ilustrada por artistas como Poty, Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres.

Já nessa época, Trevisan era avesso a fotografias e jamais dava entrevistas. Em 1959, lançou o livro Novelas Nada Exemplares - que reunia uma produção de duas décadas e recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro - e conquistou o grande público. Acresce informar que o escritor, arisco, águia, esquivo, não foi buscar o prêmio, enviando representante. Escreveu, entre outros, Cemitério de elefantes, também ganhador do Jabuti e do Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira dos Escritores, Noites de Amor em Granada e Morte na praça, que recebeu o Prêmio Luís Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil. Guerra conjugal, um de seus livros, foi transformado em filme em 1975. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas: espanhol, inglês, alemão, italiano, polonês e sueco.
Dedicando-se exclusivamente ao conto (só teve um romance publicado: "A Polaquinha"), Dalton Trevisan acabou se tornando o maior mestre brasileiro no gênero. Em 1996, recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra. Mas Trevisan continua recusando a fama. Cria uma atmosfera de suspense em torno de seu nome que o transforma num enigmático personagem. Não cede o número do telefone, assina apenas "D. Trevis" e não recebe visitas — nem mesmo de artistas consagrados. Enclausura-se em casa de tal forma que mereceu o apelido de O Vampiro de Curitiba, título de um de seus livros.
"O "Nélsinho" dos contos originalíssimos e antológicos, é considerado desde  há muito "o maior contista moderno do Brasil por três quartos da melhor crítica atuante". Incorrigível arredio, há bem mais de 35 anos, com com um prestígio incomum nas maiores capitais do País. Trabalhador incansável, fidelíssimo ao conto, elabora até a exaustão e a economia mais absoluta, formiguinha, chuvinha renitente e criadeira, a ponto de chegar ao tamanho do haicai, Dalton Trevisan insiste ontem, hoje, em Curitiba e trabalhando sobre as gentes curitibanas ("curitibocas", vergasta-as com chibata impiedosa) e prossegue, com independência solene e temperamento singular, na construção e dissecação da supra-realidade de luas, crianças, amantes, velhos, cachorros e vampiros. E polaquinhas, deveras."
Em 2003, divide com Bernardo Carvalho o maior prêmio literário do país — o 1º Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira —  com o livro "Pico na Veia".

"Em algum lugar do paraíso"



Luis Fernando Veríssimo despensa apresentações , colunista , escritor e filho de Érico Veríssimo , comprei num sebo aqui na minha cidade no noroeste do Paraná conhecido por "Sebo buraco bar" o livro - "Em algum  lugar do paraíso" - Neste  livro do mestre da narrativa curta brasileira, o leitor irá se deparar com situações inusitadas e questionamentos atemporais que permeiam a experiência humana. 
 Nas 41 crônicas selecionadas entre 350 para Em algum lugar do paraíso, todas inéditas em livro e escritas ao longo dos últimos cinco anos, Luís Fernando Veríssimo fala sobre a vida, a morte, o tempo, o amor, sempre com um ar nostálgico e repleto de reflexões acerca das escolhas feitas ao longo da existência. A crônica que abre o livro traz Adão vivendo no eterno presente do Paraíso, sem passado, nem futuro, sem datas e preocupações. 

Isso até a chegada de Eva, que, apenas para puxar assunto, lhe teria perguntado: "que dia é hoje?". Seria este o marco que tirou a eterna paz de Adão, introduzindo a humanidade ao complicado mundo que se conhece hoje. Em outra crônica, um homem entra num bar e se depara com as várias versões de si mesmo, revelando quem ele poderia ter sido caso tivesse feito um teste para ser jogador de futebol, ou se tivesse, de fato, se tornado um jogador, ou mesmo se houvesse feito ou não aquele gol. 

 Em outra variante, se depara consigo mesmo se tivesse passado num concurso público, e seus tantos desdobramentos possíveis: se não tivesse passado, se tivesse casado com a Doralice e assim por diante. 

Dentre essas inúmeras possibilidades, Veríssimo faz o personagem e por tabela o leitor refletirem sobre as escolhas feitas ao longo da vida e os resultados delas, mas sem uma culpa ou estigma. Em algum lugar do paraíso é um livro cheio de personagens idiossincráticos e ao mesmo tempo comuns - o papai-noel de shopping, o maître de um restaurante falido, o aposentado, a caçadora de viúvos, casais de longa data, recém-casados, casais que se separam e o solteiro sedutor. Todos possuem as mesmas inquietações, tão comuns a todo mundo.

Clarice Lispector é modernista ou pós modernista"?"

Dia desses tive o enorme prazer de visitar meus colegas radialistas da Cianorte FM 95,9 mhz , na ocasião abordei a ótima locutora Debora Ribeiro , também amante das obras literárias , falamos sobre o ramantismo do José de Alencar e dos modernistas de 1922 , como Oswald e Mário de Andrade , também falamos de Clarice Lispector , talvez a mais emblemática autora da literatura brasileira do pós modernismo - e surgiu a dúvida - Clarice é modernista ou pós modernista "?" 

Eu asseverei a tese de que Clarice é pós modernista Pois no contexto a partir de 1945, surgiu uma geração de escritores que inaugurou uma nova etapa na historia do Modernismo. Esse período é chamado de pós Modernismo. É difícil descrever todas as correntes literárias contemporâneas, mas, podemos apontar tendências que nos possibilitem a compreender os caminhos trilhados pela prosa desde a segunda metade do século XX. Essa Característica é bem visível nas obras de Clarice Lispector, a princípio, destaca-se o interesse pela analise psicológica das personagens, onde leva a autora à uma abordagem profunda em razão dos problemas gerados pelas tensões existentes entre o individuo e o contexto social.

A Lei de Bastiat



Um achado , uma pérola literária comprei hoje , 16 de agosto  , na News Video Livraria , não sei se foi eu que escolhi o livro , ou foi ele que me escolheu , procurava - o há um tempão , são inúmeras edições , mas refiro me ao "da capa vermelha"! - A Lei, originalmente La Loi em francês, é um livro de 1850 de Frédéric Bastiat. Ele foi escrito em Mugron dois anos após a terceira Revolução Francesa de 1848 e alguns meses antes de sua morte por turbeculose aos 49 anos. 
O ensaio foi influenciado pelos Dois Tratados sobre o Governo de John Locke e acabou influenciando o Economia numa única lição de Henry Hazlitt. É o trabalho pelo qual Bastiat ficou famoso, juntamente com The candlemaker's petition e Parable of the broken window (Parábola da Janela Quebrada). 

 Em A Lei, Bastiat afirma que cada um de nós possui um direito natural que defende sua pessoa, liberdade e propriedade. O Estado é a substituição da força comum por forças individuais para defender este direito. 
A lei torna-se perversa quando pune o direito de auto-defesa em favor de outro direito, a pilhagem. Bastiat define dois tipos de pilhagem: "ambição estúpida e falsa filantropia".

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

José de Alencar: A obra do mestre do romantismo

Tenho uma colega locutora da Rádio CIA FM  chamada Debora Ribeiro que é simpática às obras de José de Alencar , a prosa de ficção surgiu no Brasil por meio de um gênero literário, o romance, e nosso primeiro romancista foi o fluminense Joaquim Manuel de Macedo, com o best-seller (1865)" e "Ubirajara" (1874);

  • Romances Urbanos: "Cinco Minutos" (1860), "Lucíola" (1862), "A Pata da Gazela" (1870), "Sonhos d'Ouro" (1872) e "Senhora" (1875);
Romances regionalistas: "O Gaúcho" (1870), "O Tronco do Ipê", "Til" e "O Sertanejo";
  • Romances históricos: "As Minas de Prata" (1862) e "A Guerra dos Mascates" (1873).

    Cabe agora fazer uma breve apreciação de cada uma dessas categorias, seguindo a ordem acima exposta.

    Romances indianistas Afirmar a identidade brasileira, significava em primeiro lugar valorizar nossos traços autóctones, isto é, aqueles que aqui já existiam antes da chegada dos colonizadores. O índio é quem irá representar esse papel, de vez que ele é o homem da terra brasileira em estado puro. Assim, o índio assumirá o papel de herói de símbolo da raça, papel que nos dias de hoje têm sido assumido principalmente por jogadores de futebol e atletas de um modo geral.

    Nesse sentido, destaca-se Peri, o personagem principal de "O Guarani", romance em que Alencar, de modo épico, faz uma alegoria das origens do Brasil. Peri tem todas as características heroicas que você possa imaginar: ele surge no romance caçando, "no braço", uma onça. Logo mais, ele descobre as maquinações que o vilão, Loredano, trama contra seu senhor, dom Antonio de Mariz, e trata de frustrar seus planos. Além disso, nutre pela filha de dom Antônio, a jovem Ceci, o mais puro e dedicado dos amores. Esse par amoroso Peri-Ceci tem características de um simbolismo evidente: da união do índio com o branco é que se origina o "mestiço" brasileiro.

    "O Guarani" é "a epopeia da formação da nacionalidade". Esse caráter nacionalista e grandioso levou-o a ser adaptado para o canto lírico, dando origem à ópera de mesmo nome, composta por seu contemporâneo Carlos Gomes, bem como a algumas adaptações cinematográficas, das quais a mais recente data de 1988, dirigida pela atriz e diretora Norma Bengell e não faz jus à obra de Alencar. No entanto, vale destacar também "Iracema" que também apresenta uma alegoria do surgimento do homem brasileiro, a partir da união da índia Iracema e do colonizador Martim, porém de modo lírico e poético.

    Romances urbanos Nessas obras, Alencar se dedica a traçar um painel da vida na Corte, ou seja, a cidade do Rio de Janeiro, sede da monarquia brasileira. Os enredos basicamente tratam de aventuras amorosas e procuram traçar os perfis das mulheres que os protagonizam. Nesse sentido, Alencar avança numa característica que se tornará importante ao gênero romance: a observação psicológica das personagens. Ao mesmo tempo, faz crítica de costumes sociais de sua época.

    Esse é particularmente o caso de "Senhora", em que o autor faz uma crítica ao casamento por interesse e ao arrivismo social, narrando a história de Fernando Seixas que é "comprado" para ser marido de Aurélia Camargo. Aurélia havia herdado uma providencial fortuna com a qual se vinga de Fernando, que a desprezou quando ela era pobre. Como se vê, contudo, trata-se de questões superficiais. Alencar não consegue perceber nem tematizar as grandes mazelas da sociedade brasileira de seu tempo. Por outro lado, sua literatura urbana abriu caminho para o surgimento de uma obra genial como a de Machado de Assis.

    Romances regionalistas O maior mérito de Alencar, aqui, é o de ter inaugurado um caminho que se revelaria muito proveitoso para a literatura brasileira. Ao colocar o foco sobre as realidades regionais do Brasil - no Rio Grande do Sul, em "O Gaúcho"; no interior de São Paulo, em "O Tronco de Ipê", no Nordeste em "O Sertanejo" -, Alencar logo conquista seguidores, que também fariam literatura regionalista, como o Visconde de Taunay e Bernardo Guimarães, ainda no século 19.

    Contudo, é no século 20 que o regionalismo vai se manifestar com grande vigor na literatura brasileira, gerando grandes autores a partir da década de 30. São muitos os autores regionalistas que podemos destacar e que produziram obras-primas para a literatura brasileira de um modo geral. Entre eles, é impossível deixar de citar José Lins do RegoGraciliano RamosJorge AmadoÉrico Veríssimo e João Guimarães Rosa.

    Romances históricos O romance histórico é um subgênero do romance que não deu muito certo no Brasil, mas não se pode acusar Alencar por isso. Em seus romances dessa categoria, ele procurou mostrar que o Brasil independente tinha raízes na Colônia. De resto, convém lembrar que se debruçar sobre o passado "brasileiro" propriamente dito seria se debruçar sobre o Brasil pré-cabralino e aí entramos na seara do romance indianista. O romance histórico faz mais sentido na Europa onde as tradições medievais de cada nação forneciam matéria narrativa e efetivamente refletiam as origens de cada país.

    Uma breve avaliação O projeto alencariano de retratar a realidade brasileira pelo romance talvez peque pelo fato de os modelos do autor serem europeus e por ele se ater demais aos seus modelos. Mas o que se pode esperar de um autor brasileiro daquela época? Os romancistas europeus do século 19 contavam com uma tradição narrativa que datava no mínimo do século 14, para não falarmos da literatura greco-romana. A literatura brasileira não contava com nada disso e nenhum homem pode criar qualquer coisa a partir do nada.

    Isso atenua Alencar da acusação de simplesmente transpor os padrões europeus para nossa realidade. Além disso, o mérito de Alencar é o do pioneiro, o daquele que procura e desbrava caminhos. Finalmente, o crítico Roberto Schwartz aponta um mérito a mais na obra de Alencar que não deve ser desprezado: ao transpor os modelos europeus para a realidade brasileira tão distante da realidade europeia, a obra de Alencar tem involuntariamente um quê de paródia, que prenuncia a maneira satírica com que os modernistas e os tropicalistas vão olhar para os valores estrangeiros e tentar criar valores genuinamente nacionais.

  • Por Antonio Carlos Olivieri, Da Página 3 Pedagogia & Comunicação é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação.

" Qual é o parangolé?

Encomendei à News Video Livraria um livro muito especial de autoria do poeta baiano Waly Salomão -" Qual é o parangolé?".

 E o livro chegou pra mim nesta quinta 11/08/2016  em tempo recorde  ...e vou começar a devorá lo já já!

Poucos entenderam tão bem Helio Oiticica como o poeta Waly Salomão, morto em maio de 2003, contemporâneo, interlocutor e companheiro de todas as horas do artista, um dos maiores que o Brasil já viu surgir. 

Com linguagem coloquial e comentários pessoais, em "Helio Oiticica Qual é o parangolé?, Waly fala sobre a originalidade da obra de Oiticica. 

Sêneca "DA TRANQUILIDADE DA ALMA"

Como faço diariamente visitei a News Video Livraria nessa semana e "veja" só que livraço comprei lá , mais que clássico - 
"DA TRANQUILIDADE DA ALMA"  de Sêneca  - 
Lúcio Aneu Séneca ou Sêneca , um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano.


"Investiguemos de que modo a alma deverá prosseguir sempre de modo igual e no mesmo ritmo. Ou seja, estar em paz consigo mesmo, e que essa alegria não se interrompa, mas permaneça em estado plácido, sem elevar-se, sem abater-se. 

A isso eu chamo tranquilidade. Investiguemos como alcançá-la." (Trecho de Da tranquilidade da alma) Sêneca (4 a.C.?-65 d.C.), preocupado com as mudanças bruscas nos valores morais, nas crenças e na religião, refletiu sobre esses anseios em textos que se tornaram clássicos da filosofia. Três deles, conhecidos como tratados morais, estão compilados neste volume. "Da vida retirada", 


"Da tranquilidade da alma" e "Da felicidade". Neles são apresentadas meditações sobre a busca da serenidade e a importância da reflexão interior. Para uma vida plena – recomenda o filósofo – é necessário o afastamento dos bens materiais e daquilo que traz infelicidade; somente assim se iniciaria o processo de aprimoramento espiritual.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Distopia e a literatura

Distopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma "utopia negativa" . As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, "caem as cortinas", e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações. 

 
Distopias são frequentemente criadas como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. Nesse aspecto, diferem fundamentalmente do conceito de utopia, pois as utopias são sistemas sociais idealizados e não têm raízes na nossa sociedade atual, figurando em outra época ou tempo ou após uma grande descontinuidade histórica. Uma distopia está intimamente conectada à sociedade atual. 

Um número considerável de histórias de ficção científica que ocorrem num futuro próximo do tipo das descritas como "cyberpunk", usam padrões distópicos de uma companhia de alta tecnologia dominando um mundo em que os governos nacionais se tornaram fracos.
Distopia e a literatura 

O sucesso da obra 1984, de George Orwell, atravessa gerações. Os medos e perspectivas do período pós 2ª Guerra Mundial ainda refletem traços da sociedade contemporânea. O presente trabalho intenciona pesquisar a atualidade do livro, apesar de tratar-se de uma distopia de outro contexto histórico e social, com base na estrutura do discurso. Trabalharemos com análises de Michel Foucault, Maria do Rosário Gregolin, entre outros.