"Quem defende o ensino superior particular usa do sofisma de que o ensino público é de qualidade duvidosa , quando o que ocorre é o inverso!"
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Uma discussão que se arrasta na política pública de ensino superior no Brasil trata da criação de um mecanismo de cobrança dos alunos de famílias mais ricas das universidades públicas. A gratuidade seria mantida para os mais pobres. Dois pressupostos principais embasam a cobrança. O primeiro é que o aluno que termina o ensino superior tende a obter ganho pessoal, na forma de maior renda, por ter concluído essa etapa dos estudos. Dado o tamanho do benefício, seria justo ele arcar com parte do custo de sua formação. A segunda razão é a possibilidade de ampliação de vagas para os mais vulneráveis. A universidade pública enfrenta problemas financeiros crônicos, principalmente por causa da folha de pagamentos de professores e servidores. “Novas fontes de receita seriam bem-vindas, principalmente num cenário de crise como o atual”, diz o economista Paulo Meyer Nascimento, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Tirar a gratuidade da universidade pública, no entanto, pode acarretar riscos. Um deles é econômico. A cobrança dos alunos deixaria de ser uma fonte de receita extra se o governo simplesmente usasse esses pagamentos para cobrir gastos já existentes e diminuísse seus investimentos. “Num cenário de briga por recursos, esse é um risco real”, diz Fábio Waltenberg, economista da Universidade Federal Fluminense.
Do ponto de vista pedagógico, discute-se se a relação mercantil da universidade com o aluno não traria prejuízos pedagógicos para o estudante e para a qualidade da pesquisa.
FONTE REVISTA ÉPOCA
Opinião -Magno Moreira
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